Criança Feliz

Renovar a esperança de que a humanidade seja capaz de construir um realidade menos conflituosa, não é uma missão fácil diante de tantos sinais cotidianos de violência e desesperança.
É raro hoje em dia você ver crianças brincando de ciranda, jogando bola de gude no meio da rua, ou, jogando bola de futebol em qualquer campinho criado em uma data vazia, cenas tão comuns de uma infância tão privilegiada da qual quem tem mais de 45 anos fez parte.
Atualmente a violência das grandes cidades tirou as crianças da rua e quem domina o espaço das brincadeiras infantis hoje são videogames, muitos deles sensuais e extremamente violentos, onde impera lutas, brigas, porradas, tiros e um derramento de sangue fora do comum.
Esse tipo de brinquedo não possibilita a criança nenhuma criação, nenhuma utilização de sua coordenação ou criatividade para produzir, além de ter uma vida solitária trancado em seu quarto.
Sei que não devemos viver no passado, mas, as brincadeiras de antigamente é uma forma mais prática de socializar as crianças e fazer com que se sintam parte de uma família e de uma comunidade, além de aprender muito com a ajuda mútua a viver em unidade.
Vivemos num tempo contraditório, em que não acreditamos muito nas amizades, duvidamos da sinceridade das pessoas e questionamos tudo e todos.
Creio que para renovarmos a esperança de um mundo melhor, mais saudável, mais amável, devemos recomeçar, mais unidos e consequentemente mais felizes, amar concretamente, comprometer-se com o outro.
Reaprender algumas qualidades da criança, que esquece rapidamente as desavenças e sorri para a vida.
Reanimar o coração com novas ideias e nova disposição, com a convicção de que sempre existe um novo caminho, uma nova vida, uma nova esperança para aquele que crê e tem fé.
By Tom Almeida...